04 julho 2008

I Jornada Tribal finaliza com entusiasmo

Retirada de: http://prod.midiaindependente.org/pt/blue/2008/06/423422.shtml.


O último dia da I Jornada Arqueológica Tribal do Planalto Central e do Cerrado encerrou-se hoje (28/6) na Reserva Indígena do Bananal, no mesmo lugar onde se deu início, o Santuário Sagrado dos Pajés, em ritual que fortaleceu a permanência da comunidade indígena na localidade.


As atividades iniciaram-se pela manhã com café-da-manhã feito na lenha junto a tranquilidade do cerrado nativo. Após o desejum, os participantes puderam ouvir o Assessor Legislativo da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Frederico Maia. Ele relatou o histórico da permanência dos moradores da reserva, destacando as atividades harmoniosas por eles desenvolvidas e a omissão dos governantes diante o reconhecimento dos que habitam a região há décadas. Segundo Maia, a ocupação é legítima e os motivos dos indígenas nesta região estão muito além dos divulgados pela mídia local. Não foi para vir atrás de tratamento médico que os indígenas estão ali. Eles ocupam o espaço que há séculos tem sido tirado pela dita sociedade "moderna" em todos os estados brasileiros. Outro ponto destacado pelo assessor é o de que a Reserva Indígena do Bananal pertence ao povo indígena e o Santuário Sagrado dos Pajés recebe lideranças de todas etnias que passam pelo Distrito Federal. O não reconhecimento do estado é uma forte agressão a este povo. Uma ótima entrevista com Frederico Maia pode ser assisstida em: http://br.youtube.com/watch?v=JBZKn9I6XWs


Depois do almoço foi a vez do Professor Aryon Rodrigues, um dos maiores lingüistas e estudiosos das línguas indígenas que palestrou sobre o tema: ?História e formaçao das línguas indígenas do tronco macro-jê?. O professor fez um panorama das línguas indígenas faladas atualmente no Brasil e contou histórias dos povos originários desta terra. Sobre o caso específico da Reserva do Bananal o professor disse que não há dúvidas de que os Carnijós (antepassados dos Fulni-ôs, uma das etnias da reserva) estiveram na região de Brasília no passado. Aryon ainda respondeu algumas dúvidas dos participantes da jornada, principalmente do professor Santxiê Tapuya que também tem grande conhecimento das línguas indígenas.


O encerramento da jornada, no Santuário Sagrado dos Pajés, saudou os espítitos da floresta, das água e dos animais. A liderança Kariri-Xocó, Tanoné, contou sua angústia em decidir sobre a permanência de seu povo, já que inúmeras ameaças tem sofrido por parte do Governo do Distrito Federal. Mas, por fim disse que "O santuário não se move" e junto com a comunidade brasiliense vai resistir pela permanência do lugar.


A I Jornada Tribal serviu para reafirmar a cultura indígena na capital do país e discutir a relação desigual entre a sociedade "moderna" os povos originários desta que, na maioria das vezes, representa a luta entre a preservação da natureza, com modo de vida harmônico, e a destruição da vida baseado no consumismo.


http://santuariodospajes.naxanta.org.

2 comentários:

Anônimo disse...

opa, seguinte, como q eu fasso pra saber das coisas pra poder participar tambem? aqui no blog so mostra o que ja aconteceu...
tem algum outro site/comunidade pra poder falar com voces mais facilmente do que por esse comentario do blog?
valew o;

Anônimo disse...

Alô, você, como que vão as coisas?

Seguinte, você pode conversar um pouco melhor com a gente pelo nosso e-mail krap_df@riseup.net .

Mas me adicione no Messenger que pode ser bem melhor pra gente ir se falando, beleza?
endereo123@hotmail.com , meu e-mail de MSN.