28 junho 2009

Nota pública do MPL - DF.

Nota pública da companheirada do Movimento Passe Livre do Distrito Federal (MPL - DF) sobre a aprovação do projeto de Passe Livre na câmara legislativa.

Divulguemos!

Passe Livre! "Fique livre pra passar e ultrapasse o Passe Livre!"!

"(Texto escrito no dia 23 de Junho, logo após a aprovação do Passe Livre na Câmara)

Após horas assistindo ao espetáculo da votação da Câmara Legislativa, escrever qualquer coisa não é tarefa fácil. Entidades fantasmas, falas a favor de quem antes era contra, comentários pomposos sobre o Movimento Passe Livre, tentativas de lucrar ao máximo com esse mais novo direito.

Depois de tudo isso, algumas certezas.

A primeira delas é de que este foi o momento menos importante em nossos 5 anos de luta. É claro que a aprovação do Passe Livre é importante. Mas esta aprovação não começou hoje, ou nas audiências públicas, e menos ainda no gabinete do GDF. Todo esse processo se desenvolveu fora de qualquer espaço institucional, em cenários inusitados para as politicagens que escutamos hoje. Ele aconteceu na rodoviária, tantas vezes ocupada por nossos gritos e cartazes coloridos, nas principais avenidas de Brasília, fechadas pelas correntes humanas, nas ruas do Paranoá, Taguatinga, Riacho Fundo, São Sebastião...

Também a certeza de que esse processo não acaba aqui. Antes de ser um sossega leão, como já dizemos em nossa nota, a aprovação da lei do Passe Livre estimula o Movimento, dando a todos-as nós a recompensa que só a luta pelo que acreditamos pode dar. Ao longo deste tempo, escutamos tantas vezes que era impossível conquistar o que queríamos, que às vezes até a gente parecia ficar na dúvida....

Carregamos, igualmente, a certeza de que não chegamos ainda onde queremos.

Pra começar, esse Passe Livre é incompleto. Não é irrestrito, em todos os horários e locais, como nós, que acreditamos que a educação se dá nos mais diversos espaços e que o transporte é um direito de todxs, queremos.

Tampouco podemos esquecer que o governo empresarial de Arruda, Paulo Otávio e companhia não perdeu a chance de privilegiar o lucro dos empresários. O Passe Livre que queremos reduz a tarifa, já que o governo passará a pagar o preço total da passagem dos-as estudantes, atualmente pagos pelos-as usuários-as segundo o sistema da meia passagem. Deu-se um jeito, portanto, de aumentar a passagem de uma maneira popular e a nossa emenda ao projeto que propunha essa redução nem chegou a ser mencionada no plenário...

Cara a cara com essa conquista, vemos como nossas concepções avançaram desde que começamos a ocupar ruas reivindicando o Passe Livre. Hoje só a gratuidade estudantil nos parece insuficiente: para que o transporte seja público de fato, ninguém deve pagar a tarifa. Ela deve ser paga indiretamente, através de impostos, como todo direito. O nome dessa proposta é Tarifa Zero, e é ela que levantamos agora em busca do nosso direito de caminhar, colorir, transformar a cidade.

Para nossxs compas, a alegria compartilhada da primeira de muitas conquistas. Para os nossos inimigos, o aviso de que as ruas serão sempre ocupadas enquanto essa cidade não for de fato nossa....

O distúrbio tá só começando....

Movimento Passe Livre-DF".

Fonte: http://vidasemcatracas.blogspot.com/.

15 junho 2009


É isso aí galera, finalmente vai rolar de nós exibirmos o filme The Day The Country Died, que conta a história das cenas anarcho/peace punk na inglaterra nos anos 80.
Documentario realizado por um ex-integrante da banda de Belfast Toxic Waste, o filme possui vários relatos de várias pessoas, filmagens da época, e uma trilha sonora bem legal, e chega até a falar sobre a importância no movimento anarchopunk para a inserção de lutas como a libertação animal nos meios libertários.
Então galera, quem tiver a fim e quem puder vir, venham contamos com a presença de tod@s!!!!

O Que? Exibição de Video do KRAP.
Onde?Sala Marco Antonio Guimaraes - Espaço Cultural Renato Russo 508 Sul
Quando? 19/06/2009 (Sexta Feira) as 20:00h

Bjos

07 junho 2009

Kirtana, o garoto prodígio do veganismo

Kirtana é um garoto de 11 anos, nascido em Salvador - BA, ele é essa figurinha carismática na foto à direita. Filho de Luciana e Róbson, ambos veganos (também na foto). Róbson é também vocalista da banda vegana de hardcore, Lumpen. Kit, como é carinhosamente chamado pelos pais e amigos, é vegano desde que nasceu.

Conversamos com Luciana, Róbson e Kirtana para descobrir como é educar e ser vegano aos 11 anos. Na entrevista Kit demonstra que “não arreda o pé”, é vegano por convicção diz ele, “eu sou vegano porque eu não acho correto maltratar e nem comer os animais”.

Segundo os pais Luciana e Róbson, a grande dificuldade na hora de educar um filho vegano foi a falta de apoio dos médicos e da família. “Enfrentei minha família pois todos falavam que nos éramos malucos, que Kit seria uma menino doente. Outra dificuldade foram as primeiras consultas médicas quando ele ainda era bebê. Uma médica chegou a diminuir o peso dele, creio que pra ver se eu me assustava” relata Luciana. Kit tomou leite materno mas leite de animais não-humanos, nem uma gota. Segundo Luciana “como todo animal mamífero ele tomou leite só da própria mãe”. Durante a gestação Luciana era lactovegetariana, mas se tornou vegana ainda na lactação.

A alimentação de Kirtana é rica, composta por produtos naturais, fáceis de encontrar e a preços baixos. Além disso Kit recebe complementação de B12, como é indicado a veganos de todas as idades. Luciana explica: “defendemos o veganismo como opção para as pessoas pobres por isso nosso veganismo é o do aipim, batata, abóbora, agrião etc. As coisas que encontramos com preço acessível para toda a população.”

Uma situação difícil foi quando a professora de Ciências pediu que Kit, então com 8 anos, levasse um peixe vivo para ser usado em aula prática. Segundo Luciana “ele mesmo decidiu que iria faltar a aula e disse o porquê à professora: ele não concordava com experiências usando animais”. Luciana tentou averiguar se Kit se sentira pressionado pelo fato dos pais serem veganos, mas o menino foi ríspido, segundo sua mãe “ele disse que não estava perguntando minha opinião mas sim comunicando que não iria para a aula”. Vale lembrar que a vivissecção, ou seja, o uso de animais em aulas práticas para a Educação Básica, e Ensinos Fundamental e Médio é proibida no Brasil.

Kit é um ótimo aluno, nunca repetiu, adora matemática, participou da Olimpíada Nacional de Matemática e pratica Kung-Fu numa academia perto de casa. Muito brincalhão, esperto, questionador e comunicativo. Kit, ao ser questionado se em algum momento pensou em deixar o veganismo, dispara “não, porque gosto assim do jeito que sou e acredito que eu tou fazendo a coisa certa” (sic).

Kirtana fecha a conversa deixando uma mensagem para as crianças que pensam em se tornar veganas: “quero que todos saibam que ser vegano é bom para a saúde, além disso não maltratar os animas acho que é uma coisa correta, e deve ser feita por todos que acreditam na libertação animal.” Kit é uma lição de ética e simpatia, até mesmo para os mais adultos e prova viva da afirmação da ADA (American Dietetic Association) que dietas veganas bem planejadas “são adequadas a todos os estágios do ciclo vital, inclusive durante a gravidez e a lactação”.

Que venha um futuro de Kirtanas! Pelos direitos animais, pelo veganismo e pelo planeta!

Fonte: Gato Negro