29 julho 2009

Panfletinho do último (último mesmo?, :() Caga-Sangue!





“Em Brasília, a rua não existe”, Simone de Beavouir, em visita à cidade.



F-V-M! Autonomia nos mais variados espaços da vida, que deve ser aceita se decidimos viver o amanhã! Contra-cultura viva e ativa! F-V-M! A cidade é nossa, nós PODEMOS FAZÊ-LA PARAR E VOLTAR A EXISTIR!

“BANIDXS NO DF

ruas largas, sem calçadas – ou com calçadas mal conservadas e que parecem desenhadas em pranchetas no andar mais alto do palácio do buriti, essa cidade não foi feita para pessoas e sim para pessoas dentro de caros, pessoas dentro de prédios: pessoas dentro da máquina de produção-consumo.

feita na prancheta, imaginada e não vivida, Brasília é esquadrinhada: tudo aqui tem seu lugar, ditado pela divisão em setores, mantido pelas autoridades, uma cidade construída em amor ao poder, é assustador perceber como a maneira que as coisas se dispõem nessa cidade casa com propósitos individualistas-capitalistas.

uma cultura de hipervalorização histérica por automóveis, falta de ônibus, de calçadas, de acesso, a receita para faltar pessoas, a rua não é mais ponto de encontro. Os espaços públicos são reduzidos a praças vazias que exaltam o poder. Diversão comercializada dentro de lugares fechados.

mas, no meio desse deserto medonho, ainda conseguirmos criar espaços e promover encontros.

estabelecer laços de comunidade e de amizade, de (des)organização não hierárquica e centrada em outras coisas que não a grana e/ou status dá outro sentido à noção de contra-cultura nessa cidade onde o desencontro e a solidão ficam evidentes nas ruas quase inabitadas. Entendemos o faça-você-mesmx não apenas como um caminho pré-definido de como agir ou onde chegar, mas uma estrada que pavimentamos juntxs: criarmos coletivamente outras espaços, e outros tipo de relação.

cada vez que as pessoas dessa cidade conseguem de alguma maneira romper essa estrutura opressora e criar de espaços para comunhão e o encontro público, com Oe ocaso de hoje, um show de hardcore-thrash com pessoas se chocando e se jogando umas sobre as outras se torna muito mais do que guitarras e bateria, muito mais que a música.

em uma cidade que promove a segregação e o desencontro, provoquemos o esbarrão. Faça-você-mesmx!

26/07/09
Coletivo Caga-Sangue Thrash
cagasanguethrash@yahoo.com.br”

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